Presidente do Seac-RJ participa de encontro com Michel Temer

Representantes de Federações, Sindicatos e Associações Comerciais participaram nesta quinta, dia 30, no Palácio do Planalto, de um encontro com o presidente em exercício Michel Temer e seus ministros da equipe econômica sobre o futuro político e econômico do país.  A reunião entre o presidente em exercício e os representantes de setores produtivos foi organizado pela Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB).

Para o presidente do Conselho Empresarial de Serviços Terceirizáveis (CEST) da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio), Ricardo Garcia, os empresários precisam ter mais segurança jurídica e econômica para que possam fazer investimentos e retomar o crescimento do país.

“É necessário que sejam realizadas as reformas tributária, política, trabalhista e previdenciária para ganharmos mais segurança no ambiente empresarial. Apesar da situação ainda ser muito crítica, com 11 milhões de desempregados, estamos mais otimistas porque percebemos que agora há uma equipe afinada e de qualidade técnica para governar o país e começamos a enxergar um novo rumo para o Brasil”, declara.

Na segunda, dia 04, empresários e representantes de diversas associações e sindicatos se reúnem na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio), a partir das 9 horas, para o seminário “Ameaças de Aumento de Impostos e Seus Impactos Sobre as Empresas”.

Entre as críticas dos empresários, estão a elevação tributária de empresas optantes pelo lucro presumido, a volta da cobrança de CPMF, já em análise no Congresso, e as reformas do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Com a chamada estratégia de “simplificação”, as mudanças podem prejudicar 1 milhão de empresas, ameaçando mais de 20 milhões de empregos.

“Esse setor não aguenta mais aumento de carga tributária e precisa ser encarado com mais responsabilidade pelas autoridades desse país. Temos que impedir esse novo reajuste, pois vai gerar mais dificuldades para o setor e, possivelmente, a falência de empresas e o aumento do desemprego. É uma situação que absolutamente não queremos para o país”, afirma Garcia, que apresentará o painel “As ameaças de aumento de impostos e reflexos sobre as empresas e empregos”.

O setor de serviços representa 60% da economia brasileira e emprega 70% da população economicamente ativa. Segundo o IBGE, com a crise econômica, o setor apresentou, no mês de abril de 2016, variação de -4,5% no volume de serviços prestados no Brasil, na comparação com igual mês do ano anterior, observando-se em março e em fevereiro, variações de -5,9% e -3,9%, respectivamente.

CRISE NO RIO – O aumento das cargas tributárias impactará mais ainda sobre as empresas que já vêm sofrendo dificuldades financeiras há mais de um ano no Rio, devido à falta de pagamentos do Estado às empresas prestadoras de serviços. A dívida do governo estadual com as empresas do setor de asseio e conservação já ultrapassa R$ 500 milhões.

“As empresas já não têm mais caixa para sustentar esta situação, mantendo os serviços e o pagamento dos salários dos seus funcionários sozinhas. E o aumento de impostos certamente vai agravar a crise que já afeta esses empresários. Sem falar que ainda enfrentamos a cultura do calote tão enraizada no setor público”, destaca Ricardo Garcia, também presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Rio de Janeiro (Seac-RJ).

Só no Estado do Rio, o setor de asseio e conservação conta com 1,2 mil empresas, que empregam 150 mil trabalhadores formais. As empresas de asseio e conservação do Estado do Rio investem, por ano, cerca de 15 milhões de reais em treinamento. Todos os funcionários são contratados formalmente, com carteira assinada, tendo os seus direitos trabalhistas resguardados – impostos, treinamentos e de produtos especializados em limpeza hospitalar por diversas vezes.

ASSESSORIA DE IMPRENSA SEAC-RJ

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