>Comércio em Redes Sociais devem faturar US$ 4 bi este ano

>O Globo

RIO – Depois do e-commerce, a bola da vez é o f-commerce – comércio eletrônico dentro das redes sociais, especialmente o Facebook, com seus 750 milhões de usuários, que compartilham 4 bilhões de itens (entre textos, fotos, vídeos e músicas) por dia. Atualmente, o f-commerce já responde por 20% das vendas de e-commerce de grandes marcas nos Estados Unidos. E as projeções de faturamento do mercado de social commerce em geral no mundo são de US$ 4 bilhões este ano e de US$ 30 bilhões em 2015. Somente nos Estados Unidos, as estimativas ficam em US$ 1 bilhão para este ano e em US$ 15 bilhões para 2015.
O Facebook é como Ipanema, é o metro quadrado mais valorizado da internet
Atenta a esse mercado, a desenvolvedora carioca E-Like acaba de abrir um shopping virtual dentro do Facebook, todo em português. Chama-se Meu Shopping (www.facebook.com/ meushopping) e, segundo os diretores da E-Like, Tatiana Albuquerque e Flávio Berman, incluirá, num primeiro momento, 13 lojas: Enoteca Fasano, Hope, Pepper e Maria Bonita Extra (já no ar, em beta); e Cantão, Redley, Richards, Sack’s, Reserva, Glamour, Mara Mac, Salinas e Castelinho (agendados para ir ao ar na próxima semana).
– O Facebook é como Ipanema, é o metro quadrado mais valorizado da internet – diz Tatiana. – Nos EUA, os internautas já passam nele um terço de seu tempo de navegação web.
O Meu Shopping funciona como um aplicativo do Facebook. O usuário tem que dar permissão ao programa para acessar suas informações. Cada loja é independente, e é preciso “curti-la” antes de entrar em seu ambiente. No mais, o processo de compra na rede é normal, só que tem todas as vantagens sociais do Facebook. O pagamento, por ora, é somente com cartão.
– Ao concluir uma compra, o usuário é convidado a compartilhar o que adquiriu no seu mural – explica Berman. – E, em nossos templates, adicionamos funções que aumentam essa característica social, como o E-Gift, que é um presente em dinheiro que um usuário pode enviar a um amigo do Facebook para gastar numa loja.
Outra função do shopping (que cada loja pode escolher implementar ou não) é o botão Quero.
– O usuário vê um produto, gosta e pode apertar esse botão para mostrar que o deseja – diz Tatiana. – E, juntando seus produtos favoritos, pode criar uma lista (Meus Queridos), compartilhável com os amigos.
Aniversários, presentes e vendas
Naturalmente, a função “curtir” do Facebook também vale para os produtos e pode ajudar, com o Quero, a formar sugestões de presentes para os amigos. Não por acaso, o Meu Shopping tem em sua barra inicial uma função que mostra a proximidade dos aniversários de amigos, a qual poderá apontar sugestões de acordo com o gosto de cada um.
– Pretendemos acoplar mais funções a essa barra com o passar do tempo – diz Berman.
Segundo especialistas, o social commerce é uma evolução do comércio eletrônico, uma vez que a internet trata cada vez mais de conectar pessoas e não só sites.
– A World Wide Web e o HTML por trás do e-commerce representam uma compra relativamente solitária – comenta Tatiana. – Já a programação do Facebook é mais aberta, visando os cruzamentos entre usuários.
Inicialmente, diz ela, a estratégia das empresas foi criar fan pages no Facebook e outras redes, mas, depois de a marca atingir determinado patamar, passaram à ação, cons$links com a rede.
– Muitos sites já permitem que você entre em seus serviços com as credenciais (login e senha) do Facebook, associando-os ao compartilhamento natural da rede – explica Berman. – Mas nós preferimos fazer o contrário: construir um negócio diretamente de dentro do ecossistema social.
Para o próprio Facebook, que recentemente começou a estabelecer suas políticas para o comércio social, a tendência é a essência do ganha-ganha, sintetiza Tatiana.
– Ele se monetiza através do aumento do tráfego com as lojas, que chama ainda mais publicidade para seus membros – diz.
Para Angélica Marchi, diretora ge$da divisão comercial do Enoteca Fasano, o objetivo da marca no Meu Shopping é se integrar às redes sociais e estar mais perto do público.
– Queremos atrair os jovens, que cada vez mais tem se interessado por vinhos, e também interagir mais com os usuários do Facebook. – diz Angélica. – Inclusive, mesmo com o shopping em teste, nesses primeiros dias, já fizemos algumas vendas.
‘Aposta natural’ para lojistas na web
Para Pórtia Dourado, gerente de comércio eletrônico da Pepper, especializada em produtos de utilidade doméstica e acessórios de mesa, a “aposta no Facebook é natural” para quem está na rede.
– Esta é a segunda fase do comércio eletrônico, no qual já estamos desde o fim dos anos 90 – conta Pórtia. – Não dá para ficar fora do Facebook, seja na vida social ou nos negócios. E o segredo de toda venda é o relacionamento com o cliente. Estar numa rede social nos proporcionará um contato mais caloroso com ele.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/07/07/comercio-nas-redes-sociais-deve-faturar-us-4-bi-este-ano-novidade-chega-ao-facebook-brasileiro-924855157.asp#ixzz1RRHmdrAU
© 1996 – 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *